Fundir (série), 2022
Sendo constantemente atravessada pela ideia do que constitui a matéria, de como as coisas podem ser transitórias e da forma como algo sólido pode se modificar, Ana se propôs a pensar nessas questões fazendo um exercício de coletar água do mar e de posteriormente colocar este material no congelador para formar cubos de gelo. Tendo a água se solidificado, a artista retirou-os deste ambiente mais gelado e os expôs ao sol por algum tempo.
A série de imagens intitulada como Fundir apresenta uma sequência de registros de dois corpos sólidos que se conectam, tornam-se um, se transmutam, se dissolvem e retomam ao seu estado original de liquidez, tal qual como fora retirado na praia.
O trabalho é uma tentativa de pensar e discutir como se dá o esvaziamento de um material sólido, que percorre uma trajetória efêmera e volta ao ponto de onde tudo se originou, assim como os ciclos que nos deparamos durante a vida.