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Entrelinhas, 2021

 

A obra resulta em uma tentativa de ordenar elementos que foram encontrados de maneira dispersa na beira da praia. Os objetos que foram recolhidos, passaram a ocupar o ateliê da artista e pouco a pouco foram dispostos sobre um espaço em branco. Percebendo que o vazio é uma condição para a existência, no sentido de que o vazio não contém nada, mas contém tudo, sendo presença e ausência ao mesmo tempo, Ana compreende que os elementos dispostos em um lugar de neutralidade possuem uma dinâmica própria.

 

Com este trabalho, a artista procurou revelar a conexão entre a ideia do mínimo e do vazio. Ao entender que pensar pelo mínimo possibilita que o olhar se volte apenas para a essência, ela tenta trazer as evidências contidas nas formas simples dadas pela natureza. Cada registro apresenta uma configuração distinta, que podem se assemelhar a uma nova paisagem construída em um contexto estéril. As imagens se completam e formam um conjunto, onde a percepção é guiado a passear por cada uma das suas linhas e formas.

Ana Sant'Anna
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